Leitor identificado
Estupefacto com o comunicado da EAGB, venho fazer uso do direito e dever de cidadania que me assiste:
Tomei nota do comunicado produzido pela direção da EAGB, onde explica aos consumidores que cumprem religiosamente as suas obrigações contratuais com a empresa e pagam antecipadamente pelos serviços, que iriam ficar sem luz e água por razões que lhes são alheias.
Hoje, somos vítimas da situação desastrosa em que se encontra a EAGB, colocada em situação de impossibilidade de cumprir com a sua missão.
Enquanto cidadãos responsáveis e penalizados pelo impacto catastrófico nas nossa vidas, penso que temos não só o direito mas também a obrigação de fazer as seguintes exigências:
1- Conhecer o contrato assinado entre o governo da Guiné-Bissau e a empresa Karpower ;
2- Saber os montantes e a origem dos fundos pagos pela EAGB, pelo governo ou por outra entidade à empresa Karpower ;
3- Saber qual o montante da faturação obtida pela EAGB junto aos consumidores desde o início do contrato com a Karpower ;
4- Conhecer a lista nominal das entidades e indivíduos que não pagam pela prestação de serviços da EAGB.
Deve-se tornar pública essa informação como forma de terminar de uma vez por todas com este silêncio cúmplice com os que nos prejudicam gravemente ;
5- Ter acesso à lista nominal de todos os que gozam das benesses da EAGB.
Exige-se ainda do Tribunal de Contas que torne público o relatório das contas da EAGB, assim como a Comissão Especializada da ANP, responsável pela fiscalização do bom funcionamento das empresas públicas, cuja missão principal é assegurar a gestão correta e transparente das entidades públicas.
Por último mas não menos importante, uma nota de repúdio à forma desrespeitosa como decorreu este corte, sem qualquer aviso prévio de modo a permitir que os consumidores tomassem as devidas precauções.