FONTE: O DEMOCRATA
O antigo Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, denunciou no sábado, 27 de janeiro de 2024, a existência de sinais de muita droga no país, afirmando que a Guiné-Bissau passará a ser um palco de tráfico de drogas, se não se esforçar para lutar contra o tráfico de estupefacientes.
“Todos os políticos guineenses querem ser bilionários hoje. Existem muitos sinais de droga no país. Enquanto exercia a função do chefe do governo, trabalhei com os nossos parceiros das Nações Unidas e mais outros, dizendo-lhes que não tínhamos capacidades técnicas para controlar o nosso país contra o tráfico. A Guiné-Bissau, se não nos esforçarmos, transformar-se-á no palco de negócios de droga”, denunciou o também líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), durante um comício popular conjunto feito na cidade de Bissorã, região de Oio, no Norte do país, com a liderança do Partido da Renovação Social (PRS).
A iniciativa insere-se no âmbito de informar as bases das duas formações políticas sobre o acordo político para os próximos embates eleitorais assinado a 14 do mês em curso numa das unidades hoteleiras do país, entre as duas formações políticas e visa entre outros, potenciar uma ampla convergência de ideias, de propósitos e de objetivos traduzidos nas bases ideológicas comuns, assim como nos ideários políticos e nas propostas de programas de ambos os partidos.
A deslocação à região de Oio, iniciada nos setores de Nhacra e Mansoa (círculo eleitoral, n.º08) para o cumprimento de desgosto (tchur), culminou com um comício popular na cidade de Bissorã (círculo eleitoral, n.º5), no passado consideradas as bases do partido do milho e arroz. Nos últimos tempos, o partido perdeu o controlo das mesmas em detrimento da APU-PDGB de Nuno Nabian, bem como de outras formações políticas.
Na sua comunicação a centenas de militantes e dirigentes apuanos e do partido de milho e arroz, Nabian pediu às autoridades nacionais no sentido de reforçarem o trabalho de vigilância no aeroporto e nos Portos de Bissau.
“Tudo indica que neste momento que estamos a discursar aqui, a droga inunda a praça de Bissau. Pedimos a comunidade internacional que nos assista neste sentido, porque não temos as capacidades de controlar o tráfico da droga no nosso mar e no aeroporto”, disse o também conselheiro principal do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, reafirmando o pedido à comunidade internacional para assistir o governo neste aspeto, dado que a droga pode eliminar pouco a pouco uma geração.
“Fazemos este vibrante apelo à comunidade internacional para nos ajudar nesta luta, porque não podemos deixar o país seguir o caminho que está a andar. Temos muitos problemas para resolver ” assegurou, aproveitando a ocasião para exortar os políticos que é preciso criar um clima de confiança entre os guineenses.
