quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

DITADURA E AUTORITARISMO: EL-MOUKTAR EMBALÓ ASSUME SER PROPRIA LEI NA GUINÉ-BISSAU

FONTE: DONOS DA BOLA

"Qualquer tentativa de sair as ruas, mesmo que seja 50 milhões de pessoas, terá uma resposta adequada e quem quiser sair que saía", ameaçou Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo sem refletir nas leis do país.

Ao seu estilo e com o mesmo ar de quem teme a revendicação popular, isto é, dos que votam para eleger os dirigentes que juram respeitar a constituição da República, reiterou que jamais haverá golpe de Estado na Guiné-Bissau: "haverá sim golpe, mas nas urnas e quem quiser desafiar que vá em frente, avisou El Mocktar Embalo, sem  se aperceber que o os cidadãos que proíbe manifestar é o mesmo que convoca para votar, ao qual deve prestar contas como donos legítimos do poder.

Apontou o ano 2024 como um ano de rigor, disciplina e combate a corrupção e ano em que os cidadãos guineenses vão sentir a funcionalidade das leis e do Estado, embora a contradição entre o discurso e o  que emana a lei o Presidente da República pareceu não perceber que proibição de manifestação é uma violação da lei e dos preceitos da democracia.

E  prosseguiu prometendo que até o final de Janeiro, todos os políticos bandidos vão ser levados aos calabouços e "NIN MANCARRA KANA QUEBRA" (sem que nenhum grão de amêndoa se partisse) e que não existe imunidade e nem privilegio para quem quer que seja, sustentado que ninguém tem o direito de se apoderar do bem público a seu favor.

O chefe de Estado falava durante um almoço de confraternização com os oficiais militares nas instalações do estado maior das forças armadas, (quartel de amura) no quadro de cumprimentos de novo ano.

Sissoco Embalo diz tratar-se de um ato inédito e normal que pode acontecer a par dos outros países. Na ocasião, voltou a apelar a classe castrense a se manter equidistante dos políticos e continuar a apostar na formação e capacitação dos seus quadros.

Aconselhou os militares a se renunciarem de atos marginais que tendem desestabilizar o país. Fazendo alusão aos últimos acontecimentos que considerou de tentativa de golpe de Estado no passado 31 de Novembro e 1 de Dezembro últimos,  em  que um grupo de agentes de guarda nacional supostamente sob comando de Vítor Tchongo, comandante da referida corporação, assaltou e libertou nas celas da Polícia Judiciária, o ministro das finanças e Secretário de Estado de tesouro do governo que emanou das últimas eleições legislativas apreendidos no âmbito da investigação de caso 6 bilhões de francos cfa e que posteriormente foram retornados as celas por forças militares afetos a Presidência da República.

Ato que considerou de lamentável e praticado por um grupo de marginais, embora muitos analistas e conhecedores do assunto guineense têm sérias dúvidas sobre os supostos golpes.

OPINIÃO: A Guiné-Bissau: as forças armadas e a luta política no contexto actual

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